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domingo, 12 de dezembro de 2010

ORIGAMI NA ESCOLA E SUA IMPORTÂNCIA


A importância das dobragens na Educação

Desde cedo podemos encontrar referências ao origami no campo educacional. De ínicio podemos referir Leonardo da Vinci (1452-1519) que utilizou esta técnica para estudar a geometria e o aerodinamismo e Lewis Carroll (1832-1898), o autor de “Alice no país das maravilhas” que conseguia entreter e divertir as crianças com a magia das suas dobragens.
Durante o período denominado Edo (1603-1867) surgem as bases do pássaro e da rã. Actualmente as diversas figuras que conhecemos são, na sua grande maioria, obtidas através destas bases. Estas são duas técnicas que permitem uma enorme variedade de dobragens, devido às possibilidades de criação de algumas extremidades independentes. Nos nossos tempos já se vão juntando mais algumas bases que de certo modo revolucionam todo este tema das dobragens.
Em meados do século XVIII, Friedrich Fröbel (1783-1852), prestigiado pedagogo alemão, conseguiu incorporar uma tradição europeia no seu sistema educadtivo, onde intruduziu as dogradens e os trabalhos manuais no seu plano pedagógico. Esta mudança, constituiu uma inovação no seu tempo.
Em Espanha (1857) tornou-se Lei o exercício de trabalhos manuais na escola primária (hoje denominada 1ºCiclo).
Entretanto na Suíça Piaget (1896-1980), um psicopedagogo infantil, já afirmava que “A actividade motora sob a forma de habilidosos movimentos é vital para o desenvolvimento do pensamento e da representação mental do espaço”. Aqui começou a atribuir-se uma elevada importância, não à arte do origami, mas sim aos benefícios que as crianças podem colectar deste género de trabalho manual.
A verdade é que a enorme preocupação com o desenvolvimento da criança é, além de necessário, uma realidade que está cada vez mais em linha de conta mas que pouco se faz para o melhorar. Porque os que têm esse cargo têm pouco interesse em renovar toda a sua ideia de cultura, pois esta é um factor importante e inesquecível no desenvolvimento saudável da criança; ou porque aos que têm esse cargo e o interesse não lhes é acessível a formação para fazerem melhor.
O que acontece é que novos métodos e novas técnicas estão ao alcance de nós pedagogos. A falta de transmição e troca de informação não premite que se alargue nos horizontes para todos nós. A arte do origami é uma forma de desenvolvimento rica. O professor além de criar interesse nos alunos introduzindo esta arte na sua metodologia, enriquece a sua aula tornando-a mais interessante e divertida. É de enorme riqueza a interdisciplinariedade desta arte que pode inferir na orientação dos processos pedagógicos desde tenra idade até ao final do ensino básico.
Através desta divertida técnica é possível desenvolver àreas como:
  • Domínio das expressão plástica: através da manipulação do papel;
  • Dominio da linguagem oral e abordagem à escrita, nomeadamente o dominio da matemática: onde se introduz novos conceitos geométricos, uma vez que cada dobra que é feita pode originar novo conceito geométrico. Aqui elas são capazes de interiozar mais facilmente e espontaneamente estes conceitos e outros como: comparar tamanhos, comprimentos, áreas e capacidades;
  • Domínio da expressão musical: através da criação, um dos cinco eixos (escutar, cantar, dançar, tocar e criar) fundamentais na educação musical.
  • Domínio da Expressão Dramática: forma de apropriação das situações sociais. Pode-se idealizar histórias reais, criando situações de expressão verbal e não-verbal, onde o fim da dobragem deverá coincidir com o fim da história;
  • Dominio da linguagem oral e abordagem à escrita: é sabido que a educação formal tem a tarefa importante de desenvolver a oralidade e a escrita. Através da música, da dramatização fomenta-se o diálogo e o interesse na comunicação onde começa a surgir um progressivo domínio da linguagem através do caracter lúdico do origami. Numa situação prática isto traduz-se ilustrando palavras aprendidas de livros e de canções, conjugando o desenho, a pintura e a colagem.
  • É também importante noutras etapas do desenvolvimento: estimuladora do esquema corporal, da motricidade fina, da coordenação viso-motora, da discriminação visual e auditiva e ainda da percepção táctil.

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